(Imagem by Google)
E sempre haverá os momentos em que as lágrimas de saudade dominarão
o ambiente.
Sabe como é? Essa saudade meio estranha de um pedaço de você
que ficou por aí? Um pedaço que talvez fosse a diferença?
Então, é assim!
E aí que já está “meio”
tarde, o copo está “meio” vazio, e eu tentando “meio” me encaixar. Sensação
estranha aqui no peito.
Botei a culpa no clima natalino - essa coisa de amor
universal... todo mundo bom e generoso.
Na TPM - que chega chegando.
No trabalho que é sempre demais -e, admito, é assim que eu
gosto.
Nos filhos adolescentes - que só fazem “adolescer”.
Mas a verdade é que não é de fora. Toda essa saudade é daqui
de dentro.
É de um jeito de ser e de sentir que ficou perdido ali no
bolso de uma calça velha, transcrito em uma folha de agenda usada pra escrever
uma poesia de última hora.
Tudo pra dizer que é amor.
Sim, sim, eu tenho as poesias... Tenho o terço de madeira,
tenho o bicho de pelúcia... Ah, esse não tenho mais. Foi roubado por uma
criança mais carente que eu.
Não basta!
E daí vem essa confusão aqui na cabeça.
E é na cabeça! Pois o peito, de alguma maneira só dele e
independente do resto do corpo, sabe o que é.
É hora de mexer tudo de novo. De mudar um pouco...
É hora de mudar a casa, a cara... de casa e de cara.
E esse cordão umbilical, nunca
antes cortado, começa a se enrolar no meu pescoço e eu quero gritar.
Mas o único
grito que sai é algo do tipo “Vai se foder”. E é um grito pra mim mesmo.
E “Vai se foder” é umas das poucas expressões que dizem
exatamente o que querem dizer.
E eu tomo mais uma taça de vinho, desejando um Malbec e me
contando com tinto qualquer.
E eu não sei se quero tomar o tinto...
E é assim.
Esse é o momento.
Seguindo esse fluxo sofrido e confuso, vou
indo.
Espero a TPM passar.
Espero o sangramento cessar... O de fora e o de dentro...
Espero o tempo cumprir sua função.
E hoje sou saudade e solidão!
Beijos azuis.
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