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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Aventuras e desventuras de Ano Novo





-Não quero nem ouvir falar nisso hoje!
Foi a essa a frase que me fez cair na gargalhada, após muitas aventuras no dia 29/12 para chegar a Cabo Frio...
Tudo começou quando eu olhei no site da CIA aérea, e vi um traslado de Congonhas a Guarulhos em um horário perfeito para meu voo, que saia as 16h00min. Claro, prefeito se existisse. Pois eu vi o horário errado e se esperasse o horário correto não chegaria a tempo.
Então fui de táxi mesmo, e imagina um táxi de Congonhas a Guarulhos em R$?
Pois é...
Reais mais pobre, mas com horário perfeito para tomar um suco, fazer check-in e esperar o embarque, lá estava eu: Ansiosa sim. Saudades do Leão, saudades do mar. Saudades!
Acomodei-me nas cadeiras com tomada e fiquei a esperar.
Partida no horário, tudo perfeito, e eu já dormindo (porque começo a achar que minha pressão cai com a pressurização da aeronave. Pois basta a aeronave taxiar que eu adormeço, e é um sono gostoso e morno, que sempre acho que vou roncar alto e confortável).E era nesse sono que eu estava como veio a primeira trepidação.
Só não acordei aos berros pela força da mente, e por conta de uma criança que gritava mais do que eu pude sequer imaginar, e meu pavor não permitiu emitir um som. Mas sempre que ela gritava: - Mamãe, sou muito jovem pra morrer.
Eu fazia coro em meus pensamentos e respondia: - eu também, eu também!
E foi assim durante 01 hora. O avião chacoalhava a menina gritava, eu rezava, e a francesa atrás de mim, emitia gritinhos entre um “cherry” e um “avec moi”. E pousamos no RJ.
Alivio! Agora era só pegar a Van e *zaz*, estaríamos em Cabo Frio. Só que não!
A parte de pegar a Van foi fácil; ar condicionado, musica péssima, mas ar condicionado no RJ é vida. Dá até pra ouvir Pablo sem reclamar.
O único problema com a Van, era um casal apaixonadíssimo que se beijou durante toda a viagem. E não era beijinho, não; era beijaço mesmo, desses sôfregos, barulhentos, molhados.
Eu achei que ia durar um tempo mesmo, mas eles me surpreenderam. Pois horas e aventuras depois eles estavam lá, impávidos e babados!
Enfim, descobrimos depois de 02h30min, e muitos beijos, que a Van não ia até Cabo Frio, mas tinha uma segunda Van que ia. E precisávamos trocar. E assim foi.
A segunda Van era menos confortável, não tinha ar condicionado e faltava algumas peças de dentro. Mas a música era ótima!
Ok, vamos em frente!
Nessa segunda Van eu tive que passar 2 horas lutando arduamente com a cabelo imenso da moça a minha frente que insistia em me açoitar a cara a cada lufada de vento ( e eram muitas) que entrava pela janela.
Mas OK, íamos para Cabo Frio! Agora era certo!! Só que não.
Oque? De novo? De novo!!
Quando o motorista nos disse que não ia até Cabo Frio, um gelo correu pela minha espinha, e o casal continuava o beijaço firme e forte e já se iam aí umas 4 horas, duas Vans, musica ruim, musica boa, cabelada na cara e um certo desespero de minha pessoa.
Eles eram mesmo apegados a beijos. Concluí
Por essa hora o riso já me tomava, de nervoso inclusive, e quando olhei para o Leão a voz veio categórica: - Não quero nem ouvir falar nisso, hoje!!
Aí pronto, desembestei a rir.
Quando paramos em um lugar qualquer, e fomos desovados (foi assim que me senti.), decidimos seguir um senhor que vinha na mesma Van desde o começo e dizia que ia pra Cabo Frio. Decidi que onde ele fosse eu ia também. Juro, me senti a sombra dele; e se ele acelerasse o passo eu acelerava também, se diminuísse, eu diminuía também. Na cola, sombra!
Mas pegamos o ônibus que nos levou ao centro de Cabo Frio, e de lá um táxi em que o motorista estava mais perdido que a gente e fomos em frente.
Desistir jamais! Também se eu decidisse desistir tava ferrada, ficaria lá eternamente, já que não fazia ideia de onde estava.
E assim, depois de um avião turbulento, duas Vans (uma com cabelada), um ônibus e um táxi que não sabia onde estava e muito beijos barulhentos, chegamos ao nosso destino
Eu estava exausta, descabelada, faminta, com a cara ardendo das cabeladas impiedosas, suada, traumatizada e com inveja da beijação; mas feliz. E foi simplesmente incrível!!!

Moral da história: Os fins justificaram, pra caramba, os meios.


Beijos Azuis.

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